De tudo o que os sentidos tremem e gozam nesse Planeta
De todas as coisas nele existentes nos quatro cantos cardeais
Não há como fingir não ver olhinhos atentos na espreita
De encontrar raminhos e gravetos para fazer ninhos nos beirais
Ignorar? é impossível, os tons vivos e pasteis distribuídos
Na terra seca, ou chão úmido de flores exóticas, pistilos ousados
Um presente, inspirar as narinas, os perfumes pelo ar tangidos
Admirar colibris dançantes, bicos fundos em poços adocicados
Como deixar passar o som, gostoso prazer no alprendre ressonando
Da noite mesclada por zigue zagues prateados e troar ensurdecedor
Que devagar aquietando, dá lugar ao bailado de gotas nas varandas
Deitar na grama,contemplando a arte das nuvens no céu desenhando
Coelhos, corações, velho barbudo, coleção que a dança do ar bordou
Jogar pro alto sapatos, ser crianca, cantar e girar, em cirandas