Soneto da Insônia III
Na insônia desta noite... me dói a tua ausência
No sereno que me veste... entrego meu abandono
No pulsar do coração... sinto demais a dolência
Deste sentimento... deste amar sem retorno.
Cansado meu corpo, silêncio da noite espera
Envolto em eterna saudade... chora
Recorda a ti... recorda quem eu era
E, assim, fica velando a aurora.
Sem mais forças para resistir, meu frágil coração
É a dor do silêncio... e do silêncio é a lágrima
É metade grito... é metade solidão
Nas páginas deste livro escreve sua mágoa
É metade luz... é metade escuridão
É fome e é pão... é sede e é água!
Ana Flor do Lácio (19/10/2010)