Soneto da Insônia II
Soneto da Insônia II
Desce o luar em meus sonhos antecipando a noite
Sonhos que em mim, acordados esperam o alvorecer
Num silêncio que, sem rumo, sem norte
Gela minhas horas e ensombra meu entardecer.
É na penumbra da noite que vagueio, perdida
Na noite que me estende seu escuro manto
Sempre companheira terna de minha vida
Sombria noite... vestida de negro pranto.
Se cerro meus olhos... me perco no tempo
Vago ao sabor do que resta das lágrimas
Oh! Noite que escureces minh`alma já tão fria!
Na eterna saudade que trago no pensamento
Apenas adormece a triste mágoa
E mais uma lágrima cai... nesta noite sombria!
Ana Flor do Lácio (19/10/2010)