A VIDA SEM AMOR

Faço este poema sobre o nada,

Nada direi de mim e de ninguém...

E nada eu direi cousa de alguém,

Não há príncipes aqui, e nem fadas.

Não há nada! Nem silêncio e nem poesia,

Não há noites, nem estrelas, nem há sol,

Não há nada, do nado o que diria

Um amanhecer ou um arrebol?...

Nada diriam de nada,... Nada mesmo,

E eu estou em prantos escrevendo...

É um pranto por nada, um pranto a esmo...

Talvez é que aqui eu não tenha nada,

Nem mesmo outra rima com o “esmo”,

Falta-me ao peito a minha amada.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 18/10/2010
Código do texto: T2564317