A VIDA SEM AMOR
Faço este poema sobre o nada,
Nada direi de mim e de ninguém...
E nada eu direi cousa de alguém,
Não há príncipes aqui, e nem fadas.
Não há nada! Nem silêncio e nem poesia,
Não há noites, nem estrelas, nem há sol,
Não há nada, do nado o que diria
Um amanhecer ou um arrebol?...
Nada diriam de nada,... Nada mesmo,
E eu estou em prantos escrevendo...
É um pranto por nada, um pranto a esmo...
Talvez é que aqui eu não tenha nada,
Nem mesmo outra rima com o “esmo”,
Falta-me ao peito a minha amada.