DIA DE CINZAS

Eu nunca me senti tão só

como nesta festa

de mascaras tão iguais

eu nunca me vi tão encapais.

Em disfarçar a hipocrisia

com lágrimas de Pierot

sem ter Colombina pra decompor,

peça por peça das minhas fantasias de horror.

Mas não é carnaval no meu coração...

não tem trio elétricos nem multidão...

não tem merda de axé pra tal satisfação.

Não tem ruas de mijo a feder,

não tem: galo, pombo, pinto, nem papagaio...

tem apenas um dia de cinzas pra colorir, o resto é passado.

Cristiano Leandro
Enviado por Cristiano Leandro em 18/10/2010
Reeditado em 24/10/2010
Código do texto: T2564180
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