A CALÚNIA

Não chores, companheira, vai à luta!

Com propósito firme e com bravura...

Vencerás a calúnia, essa impostura

Da corja hedionda, de alma negra e bruta.

A calúnia é o micróbio da loucura

Que corrói certos homens e que enluta

A sociedade inteira... É uma disputa

Entre as forças do mal e a sepultura.

Sempre os caluniadores morrem cedo,

Asfixiados pelo horroroso medo

De morrerem na sordidez, à mingua!

E se envenenam tanto, em tal medida,

Que perdem o pundonor mais a vida

Pela cicuta vil da própria língua!

Salé,