SEM AMARRAS

SEM AMARRAS

Procurei em caminhos distantes e coxilhas

saí do próprio eu e nas terras estranhas,

encontrei flores que (re)florem montanhas;

propondo-me estar presente onde o amor desfila.

Fui súdito e fui rei emitindo vozes fanhas;

desci do trem onde a máquina descarrila;

vagando ao léu, cavalguei perigosas milhas

sufocando amor viril em minhas entranhas.

Porém cansei de ficar parado no tempo

resolvi participar do novo momento

que, pela idade, é hoje duramente complexo.

Hoje tenho a meu favor a tecnologia,

para espantar a solidão e a melancolia,

uma ajuda na prática augusta do sexo.

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 17/10/2010
Reeditado em 18/10/2010
Código do texto: T2562613
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