SEM AMARRAS
SEM AMARRAS
Procurei em caminhos distantes e coxilhas
saí do próprio eu e nas terras estranhas,
encontrei flores que (re)florem montanhas;
propondo-me estar presente onde o amor desfila.
Fui súdito e fui rei emitindo vozes fanhas;
desci do trem onde a máquina descarrila;
vagando ao léu, cavalguei perigosas milhas
sufocando amor viril em minhas entranhas.
Porém cansei de ficar parado no tempo
resolvi participar do novo momento
que, pela idade, é hoje duramente complexo.
Hoje tenho a meu favor a tecnologia,
para espantar a solidão e a melancolia,
uma ajuda na prática augusta do sexo.