Castrados
Todos castrados na alma.
Todos eleitos sem fé.
Todos dormindo em pé.
E todos vomitando na lata.
Todos sem que se achasse um bom.
Todos assim tão sem exceção...
Moribundamente, e ultajantemente maus...
Iam e vinham nauseados pelo desamor.
Sonoro desamor, que regurgitava nas dores..
dos mais castrados despretenciosos que riam...
Que riam, dos desatinos daquela ânsia...
E naquela ânsia tão vazia e torpe...
Castrados eles sorriam sem paixão...
E sem paixão, sem amanhã, fugiam....para o beco.