Castrados

Todos castrados na alma.

Todos eleitos sem fé.

Todos dormindo em pé.

E todos vomitando na lata.

Todos sem que se achasse um bom.

Todos assim tão sem exceção...

Moribundamente, e ultajantemente maus...

Iam e vinham nauseados pelo desamor.

Sonoro desamor, que regurgitava nas dores..

dos mais castrados despretenciosos que riam...

Que riam, dos desatinos daquela ânsia...

E naquela ânsia tão vazia e torpe...

Castrados eles sorriam sem paixão...

E sem paixão, sem amanhã, fugiam....para o beco.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 16/10/2010
Código do texto: T2560393
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