Moribundo
Eu que tive amores e foram tantos
Que numerá-los é impossível.
De tudo, só restou a solidão incrivel,
Nenhum ficou para estancar meus prantos.
Foram-se todos pelos quatro cantos
Deste mundo imenso e indivisível.
No peito ficou um vazio terrível
E a saudade, dos amores santos.
E será assim pelos restantes dias
Que eu viverei neste mundo.
O coração pulsará sem alegrias,
E dentro d'alma um amargor profundo,
Já não há em mim sonhos nem fantasias;
Jazem as aventuras, estou moribundo!...