Moribundo

Eu que tive amores e foram tantos

Que numerá-los é impossível.

De tudo, só restou a solidão incrivel,

Nenhum ficou para estancar meus prantos.

Foram-se todos pelos quatro cantos

Deste mundo imenso e indivisível.

No peito ficou um vazio terrível

E a saudade, dos amores santos.

E será assim pelos restantes dias

Que eu viverei neste mundo.

O coração pulsará sem alegrias,

E dentro d'alma um amargor profundo,

Já não há em mim sonhos nem fantasias;

Jazem as aventuras, estou moribundo!...

Roberto Jun
Enviado por Roberto Jun em 15/10/2010
Reeditado em 02/06/2014
Código do texto: T2557420
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