Utopia, Ainda
Faço versos para quem, como eu, sonha
e até se perde em ingênuos devaneios,
conservando da criança a alma risonha
e do mundo sem maldade os olhos cheios.
Faço esses versos pensando na bonança,
de que as coisas boas do passado voltem
e que não vivam mais só na esperança
de que as amarras da memória as soltem.
Se você entende assim estes meus versos,
você é mais que um, é quase um mundo
acreditando no amanhã, que eu sei, virá.
E nesse mundo, os sonhos mais diversos
se tornarão todos verdades, num sgundo,
que para toda a nossa eternidade durará.