PERMITA
Há uma curiosidade que palpita
Não pára, há anos que ela vem,
Quer saber de você o que transita,
No coração, tristonho e sem ninguém.
O que é que acontece, se é bonita,
E tem esse carisma sempre zen?
E nesse olhar parece até que habita
Uma esperança viva por alguém.
Diga com essa voz que nunca grita,
E com esse seu jeito carinhoso;
Que deixa qualquer um apaixonado.
Se não quiser dizer então permita
Entrar, mesmo que seja perigoso,
E amá-la, talvez seja o nosso fado.
Luiz Moraes
Obrigado Ana por tão brilhante interação:
Talvez seja nosso fado e ignorado
Fez de mim e de ti seres errantes
Sim permito, vem, caminha, do meu lado
Sejam unos, de hora em diante, quem distantes.
Mui feliz deixo a ti a decisão
De ficar junto à mim , ou de passagem
A habitar livremente o coração
Que é sofrido e solitário em triste viagem...
Peço aos céus que abençõe a tua vinda
Fim coloque à solidão que agora finda
Deixará, espero, surja a alegria
Comovida ao teu convite em poesia
O meu recado é que venhas sem demora
Espantar a solidão que me devora!
Ana Maria Gazzaneo
Grato Helena por tão bela interação:
Soprou em meu rosto um vento
Bateu forte em meus sentidos
E no coração nunca havia tido
Um semelhante sentimento...
Nem sei bem de onde viestes
Se voavas feito anjo, junto ao vento
Se ouvistes, em algum momento
Meu clamor e as minhas preces...
Permita-me então, que te diga,
Que eu não seja apenas um plano,
E nem mesmo algum engano...
Que seja de amor, a nossa cantiga
E caminhemos lado a lado
Pois este amor, é o nosso fado.
Helena Grecco