Soneto da cobiça

 

Pois, nem quando a noite cai

Faz se apagar a beleza de seu olhar.

Nem as vozes que te detrai

Tiram-me a vontade louca de te amar.

 

Pois, na desordem se contrai

O nosso aberto amor a se encontrar.

É sangue que nas veias vem e vai

Que não se pode da mente apagar...

 

Apagar em nós todas as loucuras

Por o desejo de nossas almas puras,

Nem por as entranhas aquecer...

 

Pois, nos amamos quais dois ateus,

Sem nos esquecer das leis de Deus

Por o nosso intenso amor enternecer.

 

(Poeta Dolandmay)

Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 12/10/2010
Reeditado em 15/12/2010
Código do texto: T2552318
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