SENTIDOS

Eu fui a canção que embalou seus sonhos,

quando em seu sangue ainda borbulhava o amor,

eu fui, nas noites frias, o seu cobertor,

seus risos, seus dengos, um amor sem tamanho!...

Eu sou hoje, o tempo passado, perdido,

sem metas, jogado na lama tal qual um lenço,

cujas marcas de lágrimas revelam quão imenso,

foi o amor que por você havia sentido!...

Ausente como um segredo corrompido,

agora cada vez mais longe, tu te encontras,

abriste o jogo, num pretexto vil, estúpido,

me deixou vazio olhando o mais profundo do nada,

num adeus travestido de tempo lançado à sorte,

deixaste expostos à morte todos os meus sentidos!...

Joel A Silva
Enviado por Joel A Silva em 12/10/2010
Código do texto: T2552302