PORANGABA, MINHA TERRA QUERIDA!
És minha terra e tens na brisa o doce cheiro,
Das verdes laranjeiras em tardes de outono;
De teus bancos de praça fiz meu travesseiro,
Tuas noites enluaradas vigiaram-me o sono.
Terra e Mãe, da qual amor maior se presume,
Gerou-me, sendo pobre, doar-me foi tua saída;
Aconchego-me n’outro colo e não sentes ciúme,
Pois que o teu ato foi sustentáculo de uma vida.
Juro-te, oh! Terra, que neste peito filial a soluçar,
Inexiste mágoa. Mas,existe um orgulho sem par,
Deste filho, que teu nome..Em versos, contorna;
Quando estes olhos, que hoje se fazem ausentes,
Se fizerem fechados, sendo engolidos como semente,
Que leia-se na lápide: “Um filho que a casa torna”.