SONETO TENEBROSO
Tive um pressentimento, uma inquietude
Que das águas de um rio em curso lento
Caí num tenebroso mar, sangrento,
E da morte salvar-me já não pude.
E vi no mar da vida a sorte rude
Arrefecer-me em triste pensamento
E me vi no invisível olhar do vento
Transcender-me o espírito amiúde.
O momento fechou-se em mim pra tudo
E espalhou-se em minh’alma lentamente
Em volta do meu corpo frio e mudo.
De repente, um reflexo. E embevecido
Voltei ao rio, às águas na corrente
Da vida já não mais adormecido.
******************************************
Alô galera!...
Tudo não passou de um sonho
depois que Brasília tremeu.
Eu estou ótimo!
Tive um pressentimento, uma inquietude
Que das águas de um rio em curso lento
Caí num tenebroso mar, sangrento,
E da morte salvar-me já não pude.
E vi no mar da vida a sorte rude
Arrefecer-me em triste pensamento
E me vi no invisível olhar do vento
Transcender-me o espírito amiúde.
O momento fechou-se em mim pra tudo
E espalhou-se em minh’alma lentamente
Em volta do meu corpo frio e mudo.
De repente, um reflexo. E embevecido
Voltei ao rio, às águas na corrente
Da vida já não mais adormecido.
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Alô galera!...
Tudo não passou de um sonho
depois que Brasília tremeu.
Eu estou ótimo!