NOSSOS SEGREDOS, NOSSA VIDA

Canto, não me importa em que melodia,

Canto a ternura, os olhares, o pranto,

A dor eu canto, canto a alegria.

Canto o arrebol, o entardecer eu canto.

Canto o silêncio de um jovem triste,

O alegre desfrutar de uma velhice,

Canto as flores que ao pomar insistem,

Canto o louco na loucura e sua tolice.

Não sei se eu cantaria os meus segredos,

Meus segredos são quais puros diamantes,

Esses, eu os escondo, eu tenho medo...

Mas se eu estou sozinho, nesse instante

Revivo-me a sós no meu degredo,

E de toda a minha vida estou distante.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 10/10/2010
Reeditado em 11/10/2010
Código do texto: T2549043