Soneto n.160
VOLÚPIA
Obs: um soneto apenas do 'eu-lírico'.
VOLÚPIA
(soneto 160)
*
Foi você que tirou minha inocência,
não apenas do corpo, mas da mente,
com a sua volúpia quase indecente,
beirando, imprudente, a decadência.
Sim - foi você - com a sua ardência,
foi a sua voz de uma fala envolvente,
e o seu olhar... castanho e fremente
- tão senhor de nenhuma clemência.
Se o meu pecado sorvo em agonia,
numa taça de veneno (e de alegria)
- é rubra a paixão do seu fascínio.
Eu nem sei mais o que será de mim,
pois sou rendida presa desse festim,
na bela cidadela sob o seu domínio.
***
Silvia Regina Costa Lima
10/10/2010
Obs: um soneto apenas do 'eu-lírico'.