Ciclos XXXIV
É tarde, muito tarde... Tu não vês?
O meu agonizante amor morreu,
e nem vivemos nada - tu e eu -
eu não te quero mais, e tu não crês;
e nem perguntes, não, os meus porques,
morreu o amor que um dia foi tão teu,
tal qual a rosa que ninguém colheu,
ou flores que caíram dos ipês.
É tarde! Tu não vês? É muito tarde!
Tornou-se cinza o amor profundo e denso,
da brasa ardente nada mais restou.
E vai silente, sem fazer alarde,
o teu tardio amor, sem dó, dispenso:
morreu em mim aquela que te amou.
Brasília, 07 de Outubro de 2010.
Livro: CICLOS, pg. 58
É tarde, muito tarde... Tu não vês?
O meu agonizante amor morreu,
e nem vivemos nada - tu e eu -
eu não te quero mais, e tu não crês;
e nem perguntes, não, os meus porques,
morreu o amor que um dia foi tão teu,
tal qual a rosa que ninguém colheu,
ou flores que caíram dos ipês.
É tarde! Tu não vês? É muito tarde!
Tornou-se cinza o amor profundo e denso,
da brasa ardente nada mais restou.
E vai silente, sem fazer alarde,
o teu tardio amor, sem dó, dispenso:
morreu em mim aquela que te amou.
Brasília, 07 de Outubro de 2010.
Livro: CICLOS, pg. 58