ESQUECIDO, DOÍDO E MALTRATADO
Odir, de passagem.
Esquecido, doído e maltratado,
eu não concedo ao sonho que me esqueça
ou dos limites meus desapareça,
deserdando os desejos que hei guardado.
Esquecido, doído e maltratado,
eu não condeno o amor quando pereça.
Absinto que, embora me entristeça,
sabe ser doce e docemente amado.
Esquecido da vida vinda à-toa,
eu não censuro a dor que não perdoa
os meus vôos de pássaro no ar.
Que ferido da morte que o magoa,
não se importar com o tanto que lhe doa
a liberdade de poder de voar.
JPessoa/PB
Odir, de passagem.
Esquecido, doído e maltratado,
eu não concedo ao sonho que me esqueça
ou dos limites meus desapareça,
deserdando os desejos que hei guardado.
Esquecido, doído e maltratado,
eu não condeno o amor quando pereça.
Absinto que, embora me entristeça,
sabe ser doce e docemente amado.
Esquecido da vida vinda à-toa,
eu não censuro a dor que não perdoa
os meus vôos de pássaro no ar.
Que ferido da morte que o magoa,
não se importar com o tanto que lhe doa
a liberdade de poder de voar.
JPessoa/PB