MEU MANTRA [CCXLVIII]

Tu crês em quê? Então que Deus te guarde,

oh minha nobre e bela criatura!

O Criador não quis fazer-te alarde,

no entanto deu-te a mais gentil feitura.

Sei que tu és meu mantra da ternura,

e não dizê-lo já me põe covarde,

pois que tu tens os dotes de uma cura

– basta pensar-te, enfim, nos vãos da tarde.

Tu crês em Deus? Que Deus te dê saúde,

e tanto quanto os Céus te dão beleza,

que até uns anjos tocam-te alaúde.

Eu creio pouco, mas te amando, ainda,

enquanto possa ter-me a chama acesa,

oh minha amada amiga, sempre linda.

Fort., 03/10/2010.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 03/10/2010
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