MEDO HODIERNO [CCXLVII]
A megera do medo o mundo afaga,
mas não só, simplesmente aterroriza,
desde quando Hiroshima simboliza
uma violência ímpar e aziaga.
Outro medo – letal – nos pulveriza,
pois que de Nagasaki emerge a praga;
e eis que bomba mortífera propaga
destroços dos humanos e da brisa.
Esses traumas cruéis da Grande Guerra,
em paralelos postos, hoje em dia,
com a doidice atual nem somam tanto.
Medo maior, hodierno, nos emperra
e oprime e rouba a nossa hegemonia
– a conquista da Paz, em todo canto.
Fort., 02/10/2010.