A EXCITAÇÃO DA MÚSICA QUE ME DEVORA...
A excitação da música que me devora...
Sobre balada triste prazer me adultera;
Na loucura que ensaia doses de quimera
No impensado tratado fantástico da hora.
Lei desregrada, livre, que vem como aurora
Nascendo toda vez que o Sol se desespera
E esquenta corpo frágil e nele adultera
Razão, dado, vendido e move-se à desforra.
Um lúdico passeio por cada delírio...
Pecado o ato? Ou prazer? Desfaz-se moral? Não!
É nas bordas, nos vãos que a vida tem razão!
E quem malucamente deixa-se gozar
Desconstrói a mesmice de ter de dosar
Atos pra Deus salvá-lo como puro lírio...
(Alexandre Tambelli, São Paulo, 1º de março de 2004 - 17:01h).