DOMADORA
Oh, dama que me domas desse jeito!
Cavalgando e apertando mais o laço,
Não dás trégua encurtando meu espaço,
Tangendo mais a marcha do meu peito.
Sou xucro, mas não falto com respeito,
Contudo tu me dás maior cansaço,
Sob esse teu chicote o que é que eu faço?
Me ensina o que não sei fazer direito.
Dizer que me quer manso e bem treinado,
Não condiz com meu jeito de arredio,
Sou fruto do plantel que fui criado.
E tu me despertaste mais o brio,
Conheça minha fúria desse estado...
Que fiquei, ante a fúria do teu cio.