RAZÃO DO MEU PRANTO

Eu verto este meu amargo pranto

Como, por certo, também verteria,

O mendigo que seu único manto

Alguém roubasse numa noite fria;

Eu choro, sim, talvez, tanto e quanto,

Também alucinado choraria

Um avarento ao ver, com muito espanto,

Sua arca do tesouro já vazia.

Deixe-me, então, chorar minha agonia!

Vou lhe dizer a razão do meu pranto...

Você, no meu lugar, não choraria?

Eu soluço de dor e desencanto,

Por que me foi roubada a alegria

Do amor daquela que eu amo tanto.

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 28/09/2010
Código do texto: T2526457
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