Soneto n.158

MEU CÉU INTERIOR

**
O meu cárcere tem chave oculta
a esconder um sentimento nobre,
e sequer por pressão e consulta,
a minha alma arisca se descobre.

E se a contradição vem ... avulta,
se a tudo apaga, a tudo encobre,
é que meu desatino é a catapulta
nascido tal como precioso cobre.

Ah! Arrasto o silêncio e o segredo,
entre o breu e uma pia de batismo,
inutilmente mergulhada em medo.

Quisera trocar tanto frio pelo Amor,
derramar mais paz em meu lirismo,
e plantar o Sol em meu céu interior!



Silvia Regina Costa Lima
27 de setembro de 2010



 

SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 28/09/2010
Reeditado em 02/12/2021
Código do texto: T2526247
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.