Soneto moribundo
Ah cambaleante e moribundo....vou.
Ah assim, quase um mulambo....vou.
sou um torturado pássaro, que ri, e chora.
Sou um soneto ....que vence.
Ah cambaleante...e sortudo...no ir.
Ah meu momento de dor. que sem paz, faz-me poeta.
Ah sou assim, um festim, mesmo na solidão.
Do abandono, desse Ogro, que se foi....
Eu cambaleio, assim nesse soneto, sem termo...
Que exala, saudade, e transpõe, minha náusea.
De filha, abandonada, e enfileirada na seta...
...Na seta, que fincada no peito, machuca,
Mas não é ainda, a reta final....do sucumbir...
è apenas um início....de fim.