Soneto moribundo

Ah cambaleante e moribundo....vou.

Ah assim, quase um mulambo....vou.

sou um torturado pássaro, que ri, e chora.

Sou um soneto ....que vence.

Ah cambaleante...e sortudo...no ir.

Ah meu momento de dor. que sem paz, faz-me poeta.

Ah sou assim, um festim, mesmo na solidão.

Do abandono, desse Ogro, que se foi....

Eu cambaleio, assim nesse soneto, sem termo...

Que exala, saudade, e transpõe, minha náusea.

De filha, abandonada, e enfileirada na seta...

...Na seta, que fincada no peito, machuca,

Mas não é ainda, a reta final....do sucumbir...

è apenas um início....de fim.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 28/09/2010
Código do texto: T2525742
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