INFERNO
Choro por ver-me assim tão desgraçada
Incapaz de jorrar luz ao mundo que desejo
Por merecer desta Terra, só o despejo...
E não obter êxito nesta causa abraçada!
Por certo a vaidade e o orgulho me tolhem
E eu cega, nem mesmo percebo ser assim
E perante a morte que não tarda o meu fim
E só nega o passo certo dos que escolhem...
Só vejo minha luta pelo bem ser fracassada
E mais distante, minha alma descompassada,
Que não logra êxito nesta busca pelo eterno!
E sangra o meu ser vil em arrependimento...
Toda vez que recordo meu torpe sentimento
Que me sentenciou às torturas deste inferno!
SIRLEY VIEIRA ALVES