Mercado de ilusões

Vive o homem num mar de sentimentos,
a confundir amores e paixões;
a fazer das paixões, o seu tormento
e dos amores, leque de ilusões.

Quando viveu, de amores, já um cento,
fez, das paixões, inúteis ligações,
devota aos seus propósitos isentos
o respingo de suas libações.

No entanto, por rotina, cada espécie
entrega ao mundo prole e rebentos
e assim se desenrolam tais novelos.

Mas sofre, a minha alma, por não tê-los,
o coração, por atos desatentos;
o ser, do mal da luta que enriquece.


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