SONETO DO ÚLTIMO LAMENTO

Cai de mim uma lágrima silente,

Pela esperada e derradeira vez;

Descendo sobre minha palidez,

Onde volta a cor displicentemente.

Seja a alegria irmã do meu coração,

Que no encanto do sol vespertino,

Trace em aquarela meu novo destino,

E faça igualmente do amor meu irmão.

Foi-se para sempre a última lágrima,

Vindo a felicidade como dádiva,

Que agora experimento em minha face.

Eu deixo que um novo sentir me abrace,

Que a agonia tem morada transitória

Onde o sorriso quer fazer história.

(Luciene Lima Prado)

Luciene Lima Prado
Enviado por Luciene Lima Prado em 26/09/2010
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