CIÚME
Odir, de passagem
 
 
Eu não gosto do gosto do perfume
que o seu corpo pela rua exala.
Nem me consinto que você se arrume;
enfeitar as feições não vou deixá-la!
 
Eu não concordo, como de costume,
que você fale com melosa fala,
nem do brilho do olhar aumente o lume
que por olhares tantos se propala!
 
Eu perco a paz quando você se iguala
às doidivanas, e essa pose assume,
detonando o despeito que me abala.
 
Talvez um dia eu mude e me acostume
com seu amor, que ao meu amor se iguala
ao me conter nas crises de ciúme!
 
JPessoa, 25.09.10
 

 
oklima
Enviado por oklima em 25/09/2010
Reeditado em 28/08/2014
Código do texto: T2519605
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