CIÚME
Odir, de passagem
Eu não gosto do gosto do perfume
que o seu corpo pela rua exala.
Nem me consinto que você se arrume;
enfeitar as feições não vou deixá-la!
Eu não concordo, como de costume,
que você fale com melosa fala,
nem do brilho do olhar aumente o lume
que por olhares tantos se propala!
Eu perco a paz quando você se iguala
às doidivanas, e essa pose assume,
detonando o despeito que me abala.
Talvez um dia eu mude e me acostume
com seu amor, que ao meu amor se iguala
ao me conter nas crises de ciúme!
JPessoa, 25.09.10
Odir, de passagem
Eu não gosto do gosto do perfume
que o seu corpo pela rua exala.
Nem me consinto que você se arrume;
enfeitar as feições não vou deixá-la!
Eu não concordo, como de costume,
que você fale com melosa fala,
nem do brilho do olhar aumente o lume
que por olhares tantos se propala!
Eu perco a paz quando você se iguala
às doidivanas, e essa pose assume,
detonando o despeito que me abala.
Talvez um dia eu mude e me acostume
com seu amor, que ao meu amor se iguala
ao me conter nas crises de ciúme!
JPessoa, 25.09.10