O MENTIROSO
O mentiroso se acostuma tanto
Com mentiras que conta, sem pudor,
E ao contá-la lhe corre triste pranto
Dando mais sentimentos, mais valor.
Ele é “artista” e ao fingir, nenhum espanto.
É inimigo ferrenho do labor,
E fica amuado em seu secreto canto,
E chega a odiar o bom trabalhador.
Não prestem atenção nas tais mentiras.
Oh! Pobre mentiroso, à glória aspiras.
Vivendo na fantástica ilusão.
No entanto não o ignore nem o esqueças
Mesmo que só te dê dor de cabeças
Ele é pecador, mas é teu irmão.
Salé, 23/09/10, às 04h