O SACRIFÍCIO
Um bruxo me obrigou que eu escolhesse
o primor das belezas dessa vida,
a que mais, mais e mais me apetecesse,
que faria, de pronto, concedida.
Mas mandou que algo em troca oferecesse,
uma joia por mim muito querida,
dote à altura do que eu pretendesse,
conforme em peso, a perda consumida.
Em cruel maldição, fui condenado
a trocar grande bem por um maior!
Eu clamei, oh, eu gritei desesperado!
Diante do dilema malfadado,
fiz a ponderação do mal menor
e pelo meu amor fui sepultado.