No silêncio das corsas
Numa noite ouviram-se serenatas cantadas às janelas
Onde juras escaparam-se das manhãs sempre além
E correram aos campos, sendo trazidas pelas corsas silenciadas
Pelas chamas do amor que hão de sempre cegá-las.
Por onde andas amor, que não mais voltou ao teu consolo?
E desfa-se-ão do silêncio os corações como ao meu pranto
Que desfaze de minha corsa nas noites com algum canto
Que quebra de mim o silêncio e desperta o revolto.
Talvez não haja o amor nas corsas
E, pois, elas assim sem asas
Não me alcancem no coração.
Talvez o amor de mim não tenha fugido,
Talvez dentro de mim esteja escondido
Para que as corsas não me ceguem mais.