Soneto nº 10
Nas noites de serenas primaveras,
Madrugadas de inverno rigoroso
Vejo-me olhando para o céu deveras
A sondá-lo com zelo vagaroso.
E vejo mil imagens de outras eras,
Herois de vida e morte, guerra e gozo,
Que a humanidade de indomadas feras
Livraram com seu brilho glorioso.
Mas nada pode tanto fascinar
Ou mais que a luz da minha amada estrela
E seu reflexo a tudo iluminar.
E minha é tanta a exaltação em vê-la
Que meu desejo quando olho-a no mar
É subir para o céu ao lado dela.