SONETO QUIROMANTICO
A minha vida aos poucos se esvai,
A palma da minha mão, essa do coração
Desfaz-me, me delata um homem pobre e fugaz,
Sem o amor da mulher amada.
Denuncia-me esta mão,
Que peca e indolentemente contamina
Escreve cartas de amor careta,
Pra apaixonar a bela mulher que me alucina.
Diz minha mão que fala, Com letras engarranchadas.
O meu pouco tempo de vida,
Aqui nesta terra que teu pé pisa.
Quando meus olhos grandes brilham, ao ver-te,
Linda e perfumada minha rosa dourada,
A cor da alvorada do meu mais bonito dia.