SONETO A DOR ETERNA

Espero-te mesmo assim.

Sem o começo,

Já na alvorada do fim.

Não rezem o terço

Meu espírito é enfim,

Infinito. E a espera eu mereço

Pois a eternidade é sem duvida assim,

Mas vou lapidar o tédio com ensejo.

Quando vivo, não tiveste o amor que tive por ti.

Depois de morto choraste meu corpo com afim,

Finalmente definhado, saudades te consomem sem fim.

Do lado de cá, te velo mesmo assim,

O tanto do amor que almejo em revê-la,

É mesmo amor que não tiveste por mim.

Cristiano Leandro
Enviado por Cristiano Leandro em 23/09/2010
Reeditado em 12/10/2010
Código do texto: T2516197
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.