SONETO A DOR ETERNA
Espero-te mesmo assim.
Sem o começo,
Já na alvorada do fim.
Não rezem o terço
Meu espírito é enfim,
Infinito. E a espera eu mereço
Pois a eternidade é sem duvida assim,
Mas vou lapidar o tédio com ensejo.
Quando vivo, não tiveste o amor que tive por ti.
Depois de morto choraste meu corpo com afim,
Finalmente definhado, saudades te consomem sem fim.
Do lado de cá, te velo mesmo assim,
O tanto do amor que almejo em revê-la,
É mesmo amor que não tiveste por mim.