POR VIR

Minha alma claustrofóbica chia,

Pela prisão espessa dessa matéria.

Na minha mente um pensamento alumia,

A dor epiginia da falta.

Esta mesma alma que falta,

Pra deixar o ímpar completo.

O finito sedento, num infinito alento,

E acabar com dor da espera.

Trago a triste chama do por vir,

Tendo um incessante medo do fim,

Da nítida imagem sua, na janela.

Lembro-me em poucos segundos da infância,

Tentando esquecer uma vida de arrogância

E passar o resto da eternidade penando sem o amor dela.

Cristiano Leandro
Enviado por Cristiano Leandro em 23/09/2010
Reeditado em 10/02/2011
Código do texto: T2516170
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.