POBREZA

Andaste pelo mundo e só encontraste beleza

Nada te impede de ser feliz, só te resta sorrir! Oh, vossa alteza.

Caminhe descalça e pise em espinhos, sentiras dor e fraqueza,

Esqueceste de ver o outro lado, donde só mora a tristeza.

Há sempre uma criança que falta sorrir, não basta apenas riqueza.

Exibisse mais alegria num camponês, do que numa criança burguesa. Porque será? Dê-me a resposta! Oh vossa abadessa.

Ti encastelaste, infeliz e solitária dentro desta fria fortaleza.

Sentis alegria em oprimir e degredar toda e qualquer pureza,

Nada custa, jogar fora toda tua maldade e avareza.

Alimenta teu espírito, pra teu corpo sentir largueza.

Depois que a morte chegar, amazona de tão nobre grandeza,

Teus dias vão contar, vais ouvir e calar,

Daí então verás, que desta vida no teu espírito só tivestes pobreza.

Cristiano Leandro
Enviado por Cristiano Leandro em 22/09/2010
Reeditado em 27/10/2010
Código do texto: T2513996
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