Pólo
Haja luz sobre e escuridão da madrugada,
Sobre o tempo haja vento,
Há entre as quatro estações firmamento,
Que dentre os dias da vida firma-se na calada.
Selvagem, selvagem nada,
Vem de longe sul terremoto,
Do mar profundo ajuntamento,
De águas e tempestade formada.
Para haver de tudo de nada
E que onde houver haverá cobra,
E que onde houver haverá pegada.
Batendo em detrimento a retirada,
E que a luz nesse mundo se descubra,
Revire em si tudo o que será iluminada.