SONETO DA ADEGA VAZIA
Estilhaços de um corpo sórdido, em uma adega vazia.
O vomito pintava a sala de estar,
Enquanto minha cabeça explodia, a bile corroia minha garganta
A depressão meu corpo consumia.
E ao deitar, a música traspassará meus sonhos,
A melódica poesia corrupta do amor.
E perturbava meu sono,
A lembrança daquela imagem, decadente anjo em agonia.
Precário na arte do amor
Centúria e infalíveis profecias, Nostradamus enfim profetizou
Decodificamos números, letras e heresia...
Nos odeiam, e querem nos queimar,Na fogueira de todas as inquisições. Dentre esses mistérios filosóficos e poéticos,
Minha adega, assim como meu copo, secou.