SONETO DA ADEGA VAZIA

Estilhaços de um corpo sórdido, em uma adega vazia.

O vomito pintava a sala de estar,

Enquanto minha cabeça explodia, a bile corroia minha garganta

A depressão meu corpo consumia.

E ao deitar, a música traspassará meus sonhos,

A melódica poesia corrupta do amor.

E perturbava meu sono,

A lembrança daquela imagem, decadente anjo em agonia.

Precário na arte do amor

Centúria e infalíveis profecias, Nostradamus enfim profetizou

Decodificamos números, letras e heresia...

Nos odeiam, e querem nos queimar,Na fogueira de todas as inquisições. Dentre esses mistérios filosóficos e poéticos,

Minha adega, assim como meu copo, secou.

Cristiano Leandro
Enviado por Cristiano Leandro em 21/09/2010
Reeditado em 12/10/2010
Código do texto: T2512020
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