TUDO DE NOVO

Cabeça trabalhe em função do corpo,

Afunde na bosta do olho.

Dum corpo fixado retinicamente no fundo,

A mente reflete o todo.

Do ego que nada é,

Do eu que se consome aos poucos.

Na carne de porco, depois que virá o copo.

No espelho a imagem, nada sou.

Viva uma mentira, livre o corpo.

Esconda os cadáveres, ou enterre-os no lodo,

Assim como um passado de nojo.

Liberte o futuro, embrulhe o presente.

Cada cataclismo é um abalo nulo,

Feche os olhos, durma, e comece tudo de novo.

Cristiano Leandro
Enviado por Cristiano Leandro em 21/09/2010
Reeditado em 17/02/2011
Código do texto: T2511987
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