TUDO DE NOVO
Cabeça trabalhe em função do corpo,
Afunde na bosta do olho.
Dum corpo fixado retinicamente no fundo,
A mente reflete o todo.
Do ego que nada é,
Do eu que se consome aos poucos.
Na carne de porco, depois que virá o copo.
No espelho a imagem, nada sou.
Viva uma mentira, livre o corpo.
Esconda os cadáveres, ou enterre-os no lodo,
Assim como um passado de nojo.
Liberte o futuro, embrulhe o presente.
Cada cataclismo é um abalo nulo,
Feche os olhos, durma, e comece tudo de novo.