SONETO A COBIÇA

Sinto-me um nauta perdido

Nos mares calmos de teus encantos,

E sozinho calado num canto

Imaginar tua voz pra mim já é um acalanto.

Desencadear com apenas uma ruptura

O teu olhar que encandeia o meu dia,

E alimenta minha fome que tritura,

Saborear teu corpo sem apatia.

Acaso o chão não sentir!

E por mim desejo insistir,

Não peça ninguém consentir.

Há beira do lago o pecado tenta,

Não beba, não banhe, não se afogue.

Permita-me, deixe que eu mesmo à ponha.

Cristiano Leandro
Enviado por Cristiano Leandro em 21/09/2010
Reeditado em 17/10/2010
Código do texto: T2511947
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