SONETO A COBIÇA
Sinto-me um nauta perdido
Nos mares calmos de teus encantos,
E sozinho calado num canto
Imaginar tua voz pra mim já é um acalanto.
Desencadear com apenas uma ruptura
O teu olhar que encandeia o meu dia,
E alimenta minha fome que tritura,
Saborear teu corpo sem apatia.
Acaso o chão não sentir!
E por mim desejo insistir,
Não peça ninguém consentir.
Há beira do lago o pecado tenta,
Não beba, não banhe, não se afogue.
Permita-me, deixe que eu mesmo à ponha.