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Soneto mortal


Não quero deixar
que a morte
ponha a culpa em mim,
no dia que eu partir...

Não quero que ela diga,
que eu fiz pouco desse vida;
que eu não me cuidei;
que eu me entreguei...

A morte chega chicanando,
dos que facilitam a sua chegada.
A morte dá é gargalhada.

Para os que estão "nos deixando",
se terem "facilitado nada",
todos dizem: a morte foi culpada!