CARRANCAS

No passado da menina a boneca que eu fiz

No caminho do menino uma bola eu lancei

Para os dois meros infantes a peteca por um triz

Não deixei cair ao chão a esperança que lhes dei

Nas carrancas dos sisudos chefes das nacões

Aço bélico, lança chamas, balas, bombas e estopim

Tudo pronto e preparado para as balas dos canhões

Na inocência das crianças eles querem por um fim

Explode nave ingrata nas asas da mãe Terra

E encerra a vida que que só tem um dia

E cala na garganta o grito de alegria

Projeta ao solo o sangue que leva o passado

Sem ter a chance de caminhar lado a lado

sonhar da vida o sonho e viver a fantasia

Joel A Silva
Enviado por Joel A Silva em 20/09/2010
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