CARRANCAS
No passado da menina a boneca que eu fiz
No caminho do menino uma bola eu lancei
Para os dois meros infantes a peteca por um triz
Não deixei cair ao chão a esperança que lhes dei
Nas carrancas dos sisudos chefes das nacões
Aço bélico, lança chamas, balas, bombas e estopim
Tudo pronto e preparado para as balas dos canhões
Na inocência das crianças eles querem por um fim
Explode nave ingrata nas asas da mãe Terra
E encerra a vida que que só tem um dia
E cala na garganta o grito de alegria
Projeta ao solo o sangue que leva o passado
Sem ter a chance de caminhar lado a lado
sonhar da vida o sonho e viver a fantasia