A Coruja
Pousada num galho, em meio à floresta,
Na tarde de sua serena existência,
Espera a coruja o momento que resta
Até vir a noite, silêncio e ausência.
É quando coberta de escuro profundo
Que a luz de sua alma flameja nas plumas.
Liberta das sombras que a prendem ao mundo,
Avista o destino pra onde ela ruma.
E voa por cima de campos e casas,
Alcança a pureza do céu com suas asas,
Além das alturas, em novos caminhos.
Passeia planando entre mais realidades
Até o sol nascer e trazer claridade,
Descansa a coruja de volta ao seu ninho.