A Coruja

Pousada num galho, em meio à floresta,

Na tarde de sua serena existência,

Espera a coruja o momento que resta

Até vir a noite, silêncio e ausência.

É quando coberta de escuro profundo

Que a luz de sua alma flameja nas plumas.

Liberta das sombras que a prendem ao mundo,

Avista o destino pra onde ela ruma.

E voa por cima de campos e casas,

Alcança a pureza do céu com suas asas,

Além das alturas, em novos caminhos.

Passeia planando entre mais realidades

Até o sol nascer e trazer claridade,

Descansa a coruja de volta ao seu ninho.

Gustavo Carnelós
Enviado por Gustavo Carnelós em 19/09/2010
Código do texto: T2508103
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