REAJUSTE

Abri a porta. Deixei os sonhos ir embora.

Cortei as cordas do balanço da vida.

Joguei pela janela o amor que apavora

Esse meu coração solitário e alma sofrida.

Queimei as cartas cheias de juras e esperanças.

Briguei com o meu ego, depois chorei... chorei...

Enfraquecida continuei com minhas mudanças

Dando novo rumo nessa estrada onde andei.

Não quero... não posso sonhar... é passado.

O entardecer surgiu, me mostrou o medo

De encontrar muito só nesse mundo sem porteiras.

Nada me faz voltar. Aconteceu o inesperado.

De manhã até à noite ouvirei os ecos em segredo...

Eu andando por aí, encontrarei as fronteiras.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 19/09/2010
Código do texto: T2508059