REAJUSTE
Abri a porta. Deixei os sonhos ir embora.
Cortei as cordas do balanço da vida.
Joguei pela janela o amor que apavora
Esse meu coração solitário e alma sofrida.
Queimei as cartas cheias de juras e esperanças.
Briguei com o meu ego, depois chorei... chorei...
Enfraquecida continuei com minhas mudanças
Dando novo rumo nessa estrada onde andei.
Não quero... não posso sonhar... é passado.
O entardecer surgiu, me mostrou o medo
De encontrar muito só nesse mundo sem porteiras.
Nada me faz voltar. Aconteceu o inesperado.
De manhã até à noite ouvirei os ecos em segredo...
Eu andando por aí, encontrarei as fronteiras.
DIONÉA FRAGOSO