MEU BILHETE
Amor, vou deixar aqui o meu bilhete,
Mistura desse soneto que aqui vai
E também clamores em lembrete
De uma passagem que a cortina cai.
Desci a rampa da vida te procurando,
mesma sabendo que não posso te ver,
O coração exigente no peito soluçando
Não conhece, não entende o que é morrer.
Acabou assim nossas juras e momentos
Onde deixávamos sempre a vontade
O destino cobrir por inteiro a nossa sorte,
Mas dentro em nossas cabeças os pensamentos
Dançavam em rituais desprezando a caridade
Jogando no caminho a espada da morte.
DIONÉA FRAGOSO