soneto da hora certa
O ar frio e tardio da madrugada
Me faz pensar caminhando
No clarear da alvorada
Enquanto acordado sonho,
No tão desejado dia
Em ver minha pequena alegria,
Que esta, tão grande alvoroço
Depois de um saboroso almoço.
Passar a tarde nublada debaixo do cajueiro,
E esquecer todos meus aperreios
De quando não sinto tua boca molhada.
Na hora certa em que me empata,
Eu com certa feição de canalha, disfarço minha gávea
Pra ninguém perceber minha atenuante fornalha.