soneto da hora certa

O ar frio e tardio da madrugada

Me faz pensar caminhando

No clarear da alvorada

Enquanto acordado sonho,

No tão desejado dia

Em ver minha pequena alegria,

Que esta, tão grande alvoroço

Depois de um saboroso almoço.

Passar a tarde nublada debaixo do cajueiro,

E esquecer todos meus aperreios

De quando não sinto tua boca molhada.

Na hora certa em que me empata,

Eu com certa feição de canalha, disfarço minha gávea

Pra ninguém perceber minha atenuante fornalha.

Cristiano Leandro
Enviado por Cristiano Leandro em 19/09/2010
Código do texto: T2506799
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