Ainda há uma ponta de vida

Torrentes que vem sem tempo

Poeiras que fecham os olhos

Sonhos dissolutos em silêncio

País de ordens e de imbróglios

Vidas selvagens, histórias sem fim

Medo supremo de um tempo futuro

Caminhamos pelo não e pelo sim

Estamos sozinhos e imersos no escuro

Todavia, precisamos ser serenos e fortes

Renascer pra nossa própria sorte

Pois ainda há chance de sobreviver

E se ainda nos resta uma ponta de vida

Quem sabe nos curem aos poucos as feridas

Que sagram no peito desse meu sofrer