CORAÇÃO ROUBADO
Quando levastes meu coração,
Deixastes oco e vago espaço,
O preenchi de saudades tuas,
Pleno delas, desfez-se o vão.
Das lembranças fiz alimento,
Nutri a minha alma da ilusão,
Do meu coração que levastes,
Deixou rastro de sentimento.
Do sentimento crio a poesia,
Solidão que dói, a inspiração,
No coração de poeta é magia.
Quando minh’alma se esvazia,
E solitária desfaz-se em pranto,
Molha a página de lágrima fria.
*Este soneto é uma interação ao poema "Quando" do poeta Médico de Almas, publicado em sua escrivaninha em 28/08/10.